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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Hortaliças Condimentares (Spices)

Já postamos os cultivos da cebolinha, da salsa e do coentro feitos em vasos ou jardineiras. Para manter uma horta em vasos, o aficionado em horticultura caseira, através da prática vai estimar a quantidade de vasos ou jardineiras e as reposições necessárias para manter o seu consumo familiar das ervas condimentares preferidas.

No Brasil, o consumo de sal da população ultrapassa o dobro da necessidade diária recomendada pela OMS. Para diminuir o efeito dos males causados por esse excesso, recomenda-se substituir de forma parcial ou total, o sal da comida, pelas ervas condimentares.

Figura 1 - O manjericão plantado em vasos de 3,5 litros.
 
Figura 2 - Alecrim plantado em vasos de 5 litros.

Para dar mais tempero em nossas vidas, vamos prosseguir a postagem das ervas condimentares e das hortaliças utilizadas para tempero que poderão dar um acréscimo à nossa qualidade de vida, pois além do aroma característico e paladar diferenciado, muitas delas são ricas em vitaminas e com propriedades medicinais.
 
Figura 3 - Hortelã pimenta cultivada em jardineira de 5 litros.

Figura 4 - Detalhe da floração da hortelã.
We’ve already posted chives, parsley and cilantro grown in pots or planters. To maintain a home targeted production, you will naturally estimate the amount of pots or planters and necessary replacements to keep your family consumption of culinary herbs and spices.

In Brazil, salt consumption exceeds twice as much the daily recommendation by World Health Organization. It is recommended to replace partially or totally, the salt by culinary herbs, in order to keep healthy habits.

Figure 1 - The basil planted in 3.5 liter pot.

Figure 2 - Rosemary planted in pot of 5 liters.

Spicing our lives not only gives us the pleasure of enjoying distinctive aroma and taste, but also enrich out diet with vitamins and several medicinal properties possessed by the culinary herbs.

Figure 3 - Peppermint grown in 5 liters planter.

Figure 4 - Detail of peppermint flowering.




domingo, 25 de agosto de 2013

Cultivo do Moyashi – Metodo-II (Growing Moyashi - Method-II)

Neste “post”, apresentaremos um processo de produção de mudas de moyashi, que é uma modificação do Método-I, apresentado anteriormente no blog, aplicável para consumo caseiro ou visando uma produção comercial em pequena escala.

Figura 1 - Cultivo do moyashi em copo plástico de 500 ml.

É também uma aplicação interessante para quem não conta com um fornecedor de brotos de moyashi e tem um comércio como restaurante ou de produtos naturais e deseja incrementar suas vendas, pois será algo diferenciado a ser oferecido para os seus clientes.

Recomendamos a leitura do Cultivo de Moyashi-Método-I, para quem não leu, pois algumas informações daquele post, não foram repetidas aqui.

O Método-II, objeto desta postagem, tem três aspectos importantes: primeiro é que durante o cultivo, os grãos e os brotos em formação não sofrem muito estresse, pois é pouco manuseado (comparado ao Método-I); segundo existe um ganho de 12 horas (antecipação) na colheita dos brotos; e terceiro o vasilhame (Copo perfurado) utilizado no cultivo é aproveitado para conservação dos brotos na geladeira ou para embalagem na comercialização dos brotos.

In this post, we present a process for the production of moyashi sprouts, which is a modification of Method-I presented earlier. It applies for home consumption or small scale commercial production.

Figure 1 - Growing moyashi in 500 ml (17 fl. oz.) plastic cup.

It is also interesting applying this technique if you have a restaurant or natural products sale and does not have a moyashi provider, for you will be able to offer something different to your customers.

We recommend reading “Growing Moyashi – Method I”, because some information from that post were not repeated here.

Method II has three important aspects: first of all grains do not suffer too much stress, once it is less hand held (compared to Method I); second it grows 12 hours faster; and the third the container used in cultivation is used afterwards: for conservation in the refrigerator or for packaging for selling.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

O Cultivo do Inhame Tororó (Growing Nagaimo)

O plantio do inhame tororó coincide com o final da colheita, entre o inverno e primavera. São dois métodos tradicionais de obter mudas do inhame: com os tubérculos menores da colheita ou através parte do topo dos inhames maiores, donde brotam os ramos e as raízes (a parte inferior é lisa).

Preparo da semente

Cortar o topo do inhame (parte mais afilada, oposta à base, que é arredondada), juntamente com uns 3 cm do tubérculo ou mais.
Figura 1 – corte do topo do inhame.

Deixe em local sombreado de 2 a 3 dias, para que face cortada fique seca, evitando a infestação de insetos, que pode ocorrer se plantada a semente em seguida do corte.
Figura 2 – Topo do inhame com corte já seco.

Coloque esse pequeno tubérculo ou o pedaço do topo do inhame em um vaso pequeno, de 0,5 a 2 litros, dependendo do tamanho da semente. Caso seja um pedaço de topo, coloque o lado cortado para baixo.
Figura 3 – Disposição de sementes em vaso para enraizamento.

The tororo yam is planted and harvested between winter and spring, that is growing cycle span an year. There are two traditional methods to obtain seedlings of the yam: using smaller tubers or through the top part of larger yams.

Preparing the seed

Cut the yam top (the thinner and less-rounded side), along with a 3 cm (1.2 in) tuber or more.
Figure 1 – Top of yam cut for seeding. 

Leave in a shaded spot between 2 and 3 days, so that the cut face get dry. Doing so, we prevent insect infestation, which can occur when planting the seed just after the cut.
Figure 2 – Top cut already dry.

Place this piece of yam (or the entire small tuber) in a 0.5 to 2 liters (16 to 68 fl oz) plant pot, depending on the size of the seed. If it is a slice of the top, place the cut side facing down.
Figure 3 – Placing seeds in pots for rooting.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

O Inhame Tororó


O tororó que me refiro não é daquele da música “Eu fui no Tororó beber água não achei...”. Tororó me faz voltar ao passado, quando a minha avó colhia o inhame tororó, no quintal, e ralava o tororó cru, para a gente comer misturado com arroz, bem quente, e shoyu.

O inhame que consumimos no Nordeste e o tororó são plantas da mesma família (Dioscoreaceae); o inhame em São Paulo era conhecido como cará. O taro, planta de outra família (Araceae), em São Paulo, era conhecido por inhame. Devido essa confusão toda sobre os nomes populares dessas plantas, em 2001, no I Simpósio Nacional de Sobre as Culturas do Inhame e do Cará, foi aprovada uma resolução visando a padronização desses nomes. Pesquisando a internet, ainda podemos observar que a confusão das nomenclaturas continua.

Então vamos apresentar a ilustração dos tubérculos do inhame e dos cormos do taro:

Figura 1 – Inhame (tubérculo): tororó à esquerda e outra variedade à direita.
 
O inhame consumido no Nordeste (à direita da figura acima) é um pouco mais claro que o tororó (à esquerda); ambas são plantas trepadeiras.
 
Figura 2 – Outros inhames. 

O inhame da foto do lado esquerdo e o que está em cima dos outros na foto da direita é também consumido no Nordeste, conhecido popularmente como cará inhame ou inhame de São Tomé: sinta a confusão (nomenclaturas fora da padronização)!

Figura 3 – Taro (à esquerda) e seus cormos (à direita).
 
O taro é uma planta da mesma família da taioba.

O inhame é alimento rico em vitaminas do complexo B, carboidratos e amido. Assuntos relacionados sobre os benefícios do inhame são encontrados em diversas postagens na rede, entre elas, a prevenção com relação a dengue. Essa prevenção seria externamente, repelindo o mosquito, e internamente, aumentando a defesa do organismo.

A utilização do chá da casca do inhame ou do taro como um indutor de ovulação é outro assunto também muito comentado na internet: teria resultado alimentar as aves de postura com inhame?

Trata-se de um alimento saudável, porque a infestação de pragas é baixa, quase não requerendo uso de defensivos.

O hábito de consumir o inhame, principalmente no Nordeste, corre o risco de ser substituído pelo consumo de alimentos industrializados. Esta já é uma realidade detectada no consumo do nosso tradicional arroz com feijão.

Dicas e Curiosidades


As diferenças observadas no inhame tororó que cultivo, comprado no Mercado Municipal de Curitiba, em relação ao inhame consumido no Nordeste: o tororó tem a casca mais escura, mais pilosa e apresenta muitos tubérculos secundários na colheita; quanto a parte aérea, o inhame do Nordeste tem as folhas mais escuras e ramos mais fibrosos, ou seja, aparenta ser uma planta mais rústica e possivelmente mais adaptado ao clima.

Figura 4 – Apresentação da planta do inhame do Nordeste (à esquerda) e tororó (à direita).

Observe que o inhame do Nordeste apresenta esporões para fixação dos ramos, enquanto o tororó, no lado direito, não tem esses esporões. O ramo do tororó secionado tem formato quadrangular.

O tororó apresenta os ramos retorcidos, devido movimento helicoidal para fixar seus ramos, por não apresentar esporões.

O cará inhame ou inhame de São Tomé também não apresenta esporões em seus ramos, então mais semelhante ao tororó.

Conversando com feirante produtor ele disse que a diferença entre o cará inhame e o outro inhame consumido no Nordeste é que o cará inhame tem mais “baba” que o inhame com espinho (esporões no ramo).

O que observei na TV japonesa é que no Japão o tororó é também chamado de nagaimo, literalmente batata longa (naga = longa e imo = batata), é realmente longa, podendo chegar a 1 m de comprimento e com diâmetro em torno de 10 cm.

Uma coisa que ainda me intriga é que o tororó que minha avó cultivava tinha uma casca bem clara, como a casca do nagaimo, mas era mais curta e mais arredondada, as folhas e os ramos tinham coloração verde, bem clara. Esse tororó também produzia sementes aéreas (pequenos tubérculos brancos). O inhame-do-ar, tubérculos que algumas vezes encontrei em supermercados, também são sementes aéreas, colhidas para consumo.

Para retirar a casca do inhame, existem pessoas que reclamam que dá coceira nas mãos, então utilize luvas de plásticos descartáveis.

O inhame tororó menor, em torno de 10 cm, pode ser cozido sem descascar, apenas lave bem com uma escovinha, retirando a casca apenas na hora de consumir.

Aqui Nordeste, o inhame é descascado e fatiado com espessura de 2-3 cm e depois cozido em água quente, então é consumido no café da manhã ou no jantar, acompanhado de ovos, queijo de coalho ou carne, muitas vezes com a carne de sol. O inhame tororó pode ser consumido da mesma forma como o inhame do Nordeste.

Particularmente eu aprecio o tororó cru, ralado, misturado ao tradicional arroz com feijão. Existem diversas receitas interessantes, para pratos mais elaborados, com tororó, na internet.

Mais Cultivo Zen

O Cultivo Zen te inspirou a iniciar o plantio de alguma hortaliça? Já tem uma horta em casa e cultiva outras plantas? Mande suas fotos para cultivozen@gmail.com, pois algumas serão selecionadas e postadas, dando crédito aos seus respectivos autores.

domingo, 30 de junho de 2013

Enraizamento dos Brotos de Brócolis em Espuma Fenólica (Broccoli Seedlings in Phenolic Foam)


Esta postagem é uma continuação da anterior, mas trabalha o enraizamento dos brotos de couve brócolis com o auxílio da espuma fenólica.

É interessante aplicar esta técnica principalmente nos ramos novos e macios, que tendem a se curvar, quando deixadas na água, para enraizamento. Outra vantagem da espuma fenólica é que ela protege as raízes na hora do replantio.

Iniciamos da mesma forma que fizemos anteriormente: trabalhando as brotações laterais retiradas da couve brócolis.

Figura 1 – Coleta das brotações laterais.

Corte os brotos bem rentes ao caule, de preferencia com tamanhos de 5 a 10 cm de comprimento, e retire 2 a 4 folhas inferiores, com cuidado para não danificar o broto.

Coloque dentro de um copo de 200 ml, com água até a metade. Deixe assim por 2 dias, em local sombreado.

Figura 2 - Colocação das mudas na espuma fenólica.

Depois de 2 dias descansando na água, insira os brotos em pedaços de espuma fenólica 2,5 cm x 2,5 cm x 3 cm, com o cuidado para deixar a parte lisa da espuma para baixo.
This post is a continuation of previous one, but the rooting of broccoli shoots with the aid of phenolic foam (a kind of floral foam).

The usage of this technique is advised for branches that are young and/ or soft, which tend to bend when inside water (for rooting). Another advantage of phenolic foam is that it protects the roots at replanting.

We start the same way as we did before: working the side shoots removed from broccoli.

Figure 1 - Collecting side shoots.

Cut the shoots close to the stem, preferably between 5 and 10 cm long (2 to 4 in) and then remove between 2 and 4 of the lower leaves, being careful not to damage the shoot.

Place in a 200 ml (7 fl. oz.) half full glass of water. Leave it for 2 days in a shaded spot.

Figure 2 – Inserting the seedlings into phenolic foam. 

After two days resting in water, insert the shoots into pieces phenolic foam sizing 2.5 cm x 2.5 cm x 3 cm (1 in x 1 in x 1.2 in), keep the smooth side facing down.

domingo, 23 de junho de 2013

Mudas de Couve Brócolis por Brotações Laterais (Broccoli Seedlings through Side Shoots)


Figura 1 – Couve brócolis: jovem à esquerda e adulta à direita.

A dificuldade que tivemos na obtenção de mudas através da germinação das sementes, a inexperiência no manejo da couve brócolis ramoso e somada a curiosidade, foram motivações para tentar obter mudas de couve brócolis, por intermédio das brotações, da couve brócolis ramoso.

Figura 2 - Plantio de sementes em copos

Ao tentar germinar as sementes, eram colocadas no mínimo 3 em cada copo, mas apenas 1 semente apresentou germinação.

Figure 1 - Broccoli: young plant at left and adult one at right.

Due to the difficulty in growing broccoli through seed germination, the inexperience in handling the sprouting broccoli variety and also a lot of curiosity, we felt like growing broccoli through side shoots.

Figure 2 - Planting seeds in cups.

At least three seeds were placed in each cup above, but one germinated.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Cultivo da Citronela (Growing Citronella)


A citronela é uma planta da família das gramíneas, medicinal e o seu óleo é utilizado na fabricação de repelentes para insetos.

O plantio da citronela minimizou a infestação por moscas brancas no plantio da couve brócolis (que foi mostrado na postagem anterior), sem qualquer aplicação de defensivos agrícolas.

Para combater a mosca branca, geralmente defensivos agrícolas ou muitos tipos de preparados caseiros são pulverizados nas folhas, então como a gente consome as folhas da couve brócolis, não achei muito interessante utilizar esses preparados, ainda que considerados naturais ou orgânicos.

Figura 1 – Citronela (à esquerda) e a capim limão (à direita)
Essa planta é muito confundida com o capim limão, ambas da mesma família, pela semelhança física que apresentam.
 
Figura 2 – Aproximação da Citronela (à esquerda) e do capim limão (à direita).


Gowing Citronella

Citronella is a medicinal plant belonging to the grass family. Its oil is used in the manufacturing of insects repellent.

Planting Citronella has prevented whitefly infestation at cabbage broccoli culture (which was shown in previous post), without any application of pesticides.

To combat whitefly, people usually use pesticides or many types of homemade preparations, which are sprayed on the leaves. I don’t believe this is an interesting solution, as we consume the leaves of cabbage broccoli, though some might consider this a natural or organic solution.

Figure 1 - Citronella (left) and lemon grass (right).
People often mistake this plant for lemon grass, due their similarity: both belong to the same family.
 
Figure 2 - Approximation of Citronella (left) and lemon grass (right). 


domingo, 26 de maio de 2013

Cultivo da Couve Brócolis (Growing Sprouting Broccoli)



A couve brócolis é uma das hortaliças mais apreciadas e valorizadas pelo consumidor mais exigente: tanto pelas inúmeras receitas ou devido às vitaminas, cálcio e fibras. Sempre recomendada na dieta de pessoas com a saúde debilitada.




Figura 1 - Couve brócolis ramoso.


Mas há desperdícios, pois geralmente só consumimos as flores (ou por desconhecimento do valor nutritivo das folhas ou porque as folhas estão com aparência ruim), servindo as folhas apenas para proteção das flores e para aumentar o custo do produto.

Iniciei o plantio da couve brócolis em vaso com aquelas variedades que produzem uma única cabeça, mas quando as plantas estavam viçosas logo começavam os ataques de insetos sugadores, e as plantas definhavam. Como não utilizava defensivos agrícolas, tive que me conformar com os insucessos. O clima aqui no litoral do Nordeste também parece não ser favorecer a formação da inflorescência para as variedades que produzem uma única cabeça (semelhante a couve-flor).

Figura 2 - Couve brócolis ramoso em vaso de 18 litros (notar a quantidade de ramos emitidos)

Então comecei a cultivar a brócolis, em vaso, com variedade denominada couve brócolis ramoso. A produção de flores dessa couve brócolis é distribuída ao longo do caule da planta e não concentrada em uma única cabeça. A quantidade de flores não chega ser grande, mas produz muitas folhas, o que achei ótimo, pois passei a consumir as folhas dessa couve.

Figura 3 - Colheita dos ramos para consumo das folhas.


Growing Sprouting Broccoli Cabbage


Sprouting Broccoli is one of the most appreciated vegetables by the selective consumer: both by numerous recipes or due to vitamins, calcium and fiber. It is a recommended vegetable for people presenting poor health.


Figure 1 - Sprouting broccoli.

People usually waste the broccoli, for only eating its flowers (either because they ignore the nutritional value of the leaves or the leaves are looking bad). In that sense, the leaves are only serving to protect the flowers and also increasing the cost of the product.

I started planting a broccoli variety that produces a single head (heading broccoli), but soon the plants were attacked by sucking insects, and died. Once I don't use pesticides, I had to accept that failure. The weather in Brazilian Northeast coast doesn't seam to favor this one head variety.



Figure 2 - Sprouting broccoli in 18 liter vase (4.7 gal)
I started cultivating the sprouting broccoli variety in vases. The production of broccoli flowers are distributed along the stem, instead of concentrated in a single head. The amount of flowers is not huge, but that is not a problem since, as it produces many leaves.


Figure 3 - Branches harvest for consumption.

domingo, 19 de maio de 2013

Cultivo do Nigauri (Goya, Melão São Caetano ou Momordica)

Quem morou no interior deve se lembrar do melãozinho, planta que subia pelas cercas das casas, dava um fruto que mal atingia 5 cm, quando maduro, de cor amarelada, se abria e apresentava a parte da semente coberta com uma película vermelha. Tanto as crianças como os pássaros saboreavam essa película.

Figura 1 - Variedade de nigauri, cujo frutos chegam no máximo em torno de 10 cm de comprimento.

Muita gente chama essa planta de invasora ou praga. Esta foto é de um terreno baldio.

Figura 2 - Desenvolvimento da planta do melãozinho em terreno baldio.

Pois o melãozinho é o nigauri em miniatura. Plantio do nigauri é fácil, mesmo em vasos ou jardineiras, terra adubada e sol, ocorre pouca infestação de pragas, apenas necessitando de estaqueamento, pois o nigauri é uma planta trepadeira.

Figura 3 - Planta em desenvolvimento, apoiando-se em estaca.

O nome nigauri, literalmente em japonês, é melão amargo: niga = amargo e uri = melão. Uri é um tipo de pepino que o japonês faz picles.

Pesquisa realizada pela OMS indicou que o povo japonês é o mais longevo. Outra pesquisa dentre os japoneses, resultou que os habitantes da Província de Okinawa são os que atingem idades mais avançadas no Japão. Curiosamente é nessa província que se consome mais nigauri, que outras provincias. Durante o longo período de convivência que tive com meus ancestrais, originários da região de Osaka, nunca havia provado o nigauri.

Se quiser fazer uma pesquisa na Internet constatará que, além das folhas em forma de chá, o fruto do nigauri é uma farmácia verde, faz bem pra tudo: hemorroida, colite, artrite, gastrite, cálculo renal, gota, infecção intestinal, diabete, infecção na pele, talvez até para mal olhado...

Figura 4 - Nigauri Satsuma Longo com frutos chegando a atingir mais de 35 cm de comprimento e diâmetro pouco maior que 5 cm.

As folhas do lado esquerdo são de nigauri, enquanto as do lado direito são do inhame tororó. Vamos ao plantio do nigauri.

domingo, 12 de maio de 2013

Cultivo do Coentro

Figura 1 - Coentro, destino final deste post.

Planta considerada medicinal, da mesma família da salsa, cenoura e salsão.

Aqui no Nordeste é muito utilizado para tempero, juntamente com a cebolinha, equivale ao cheiro verde do Sul. A salsa é pouco utilizada aqui e muita gente acha que a salsa tem gosto horrível.

O coentro é mais tolerante ao calor do que a salsa, de fácil cultivo, mas de ciclo de produção mais curto.

O cultivo do coentro pode ser feito até em pequenos vasilhames, copos de 200 ml, o que pode motivar as crianças terem contato com a natureza. Estão disponíveis no comércio as sementes de coentro SEM DEFENSIVOS, ótimo para as crianças manipularem.

domingo, 5 de maio de 2013

Cultivo da Salsa

Figura 1 - A salsa: destino final deste post

A salsa e a cebolinha são temperos básicos na culinária do Sudeste. A salsa, além de tempero, é rico em cálcio e ferro. Saudável utilizar numa salada crua ou no molho a vinagrete, mas nada melhor do que uma salsa colhida em casa.

No Nordeste o pessoal substitui o coentro pela salsa, no cheiro verde. A vantagem da salsa, para cultivo, é que ela tem um ciclo de produção mais longo. Pode reparar que a salsa é mais vendida em maços feitos apenas pelas folhas, enquanto o coentro tem toda planta arrancada até as raízes, porque seu ciclo é muito curto.

Tenho cultivado mais o coentro, devido à questão cultural. Quando se coloca salsa na mesa, ela é colocada em vasilhame separado, pois pouca gente consome a salsa em casa. Prosseguindo, apresentarei o cultivo da salsa em jardineira de 5 litros.

domingo, 28 de abril de 2013

Cultivo da Cebolinha


A cebolinha é um tempero muito apreciado, consumida crua, acompanhando uma salada, molho a vinagrete ou na sopa de missoshiru – como os japoneses –  ou temperando preparados de peixes e carnes. É rica em vitaminas.

O cultivo doméstico é fácil, o plantio pode ser iniciado utilizando a parte branca da touceira. O importante que é que não seja daquelas cultivares enormes, pois exigem muito espaço e profundidade de solo, para o bom desenvolvimento da planta.

Plantio da cebolinha em jardineira de 5 litros

Preparação da touceira:

Figura 1 - Maço de cebolinha comprada no mercado à esquerda e remoção da touceira à direita.

A touceira deve ser cortada na parte branca para o plantio e as plantas separadas individualmente.

Figura 2 - Remoção das raízes (à esquerda) e após três dias na água (à direita).

Retire as raízes existentes. Coloque as mudas num copo de 200 ml, com água até a metade e troque a água todos os dias. Depois de 3 dias no copo, começarão a brotar raízes novas, chegando a hora de plantar.

Figura 3 - Plantio em uma jardineira de 5 litros de volume

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Cultivo do Morango


O morango é uma fruta deliciosa e rica em vitaminas, mas atrás desses atrativos é um dos alimentos que lidera o ranking de maior número de amostras contaminadas com resíduos de agrotóxicos, conforme pesquisa realizada em 2010, pela ANVISA.

Devido o morangueiro ser uma planta muito suscetível a pragas e doenças, no passado, em seu cultivo era aplicado muitos defensivos agrícolas. Novas técnicas de cultivo somadas a exigência do consumidor e a consciência ambiental, esse cultivo vai se encaminhando para uma produção de frutos mais saudáveis.

O cultivo do morango em vasos não resulta em frutos com tamanhos daqueles que acostumamos comprar, nem com quantidades de frutos para se vangloriar. O cultivo do morangueiro a partir da semente é muito demorado e depende de técnicas e de um ambiente de cultivo mais profissional. Mudas prontas além de economizar tempo, são facilmente encontradas em lojas de produtos agrícolas, supermercados ou naqueles quiosques de plantas, em época apropriada para plantio em sua região.

Figura 1 - Morango pronto para consumo

A colheita do morango, a partir de mudas prontas, pode ser obtida a partir de 2 meses de plantio, desde que as mudas adquiridas sejam bem desenvolvidas. Com essa rapidez que se chega à fase de colheita, para quem tem criança em casa, torna-se um cultivo bastante educativo e bom início para a criança se interagir com a natureza. Outono é uma boa estação para começar o plantio.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Vamos Iniciar o Cultivo

Esta publicação reúne informações práticas que foram sendo agregadas à horta com o passar do tempo. Sugere-se que seja lida após leitura de postagens sobre hortaliças, tal como a do almeirão, ou, a qualquer momento, quando surgirem dúvidas.

1. Local de plantio

Deve-se plantar em local ensolarado, que pelo menos exista incidência do sol de manhã ou no período da tarde.

2. Mudas

As mudas de hortaliças podem ser compradas em casas especializadas, supermercados, quiosques de plantas ou feitas por meio das sementes ou obtidas através de ramos e brotações laterais, caso já tenha uma hortaliça desenvolvida em sua horta, mas essa última opção não se aplica para todas as hortaliças.

A depender do tipo da hortaliça, a semente pode ser plantada direta no vaso definitivo, em outros casos é preciso plantar em vasos apropriados para mudas, para depois replantar em vaso definitivo.

Figura 1 - plantio direto de rúcula em jardineira de 5 litros

A cobertura em tela de nylon (mostrada a direita) serve para evitar que pássaros revolvam a terra.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Cultivo do Moyashi – Método I (Growing Moyashi – Method I)


O broto do feijão moyashi ou feijão mungo é muito utilizado na culinária oriental, cozidos ou refogados com carnes e verduras. Um omelete com broto de feijão, no café da manhã, cai bem. Contem sais minerais, vitaminas do complexo B, C e fibras.

O consumo da soja, moyashi, azuki e até nosso tradicional feijão, todos da mesma família, é assunto polemico quando se refere aos seus malefícios e benefícios à saúde humana.

Sobre o broto de moyashi, uma das recomendações que tenho lido é que não se deve consumir cru.

Para não ficar rebobinando a polêmica, acho que cada um deve formar o seu próprio juízo do que é bom e ruim, pois muita gente que consome hortaliças e frutas, acreditando ter alimentação saudável, nem sabe se a origem delas é confiável.

A seguir apresento um roteiro de como produzir broto de feijão moyashi, em casa, pois trata-se de um processo simples, voltado para quem deseja colher quantidade suficiente para o consumo familiar. Aprendi esse método de cultivo, num programa da TV japonesa, a NHK, fazendo algumas adaptações.

Depois de ler esta técnica, que tal ler a nova postagem: Cultivo do Moyashi - Método II (http://cultivozen.massahiro.com/2013/08/cultivo-do-moyashi-metodo-ii-growing.html)?

Material Necessário

A seguir a lista dos acessórios usados, material que a maioria já dispõe em sua própria cozinha, e sobre a aquisição do feijão moyashi:

1. Feijão moyashi para brotos é um grão de coloração verde musgo, a mais comum, vendido em pacotes de 1, 2 e até 5 kg, nas lojas de produtos japoneses, na Liberdade, em São Paulo, ou nas lojas especializadas de sementes de hortaliças;

Para se produzir 200 gramas de brotos de feijão, utilize 50 ml de grãos do feijão moyashi, pesando em torno de 40 g. O volume de 50 ml equivale ao do copinho de plástico pequeno para café;

2. Vasilhame plástico de 1000 ml, transparente, do tipo utilizado em micro-ondas e freezer, não necessitando da tampa;

A medida do vasilhame que utilizei tem diâmetro superior de 15 cm, diâmetro inferior de 12 cm e altura de 9 cm, aproximadamente;

3. Peneira de plástico para cozinha, medindo pelo menos 16 cm de diâmetro de boca, pois essa dimensão facilita o manuseio durante o cultivo;

4. Bacia plástica para cobrir o cultivo, evitando a incidência de luz aos grãos, durante a brotação, também para manuseio dos grãos e brotos, durante o processo. O tamanho dessa bacia é que envolva com folga vasilhame plástico do cultivo. Cor da bacia deve ser de tonalidade escura.

Profundidade mínima da bacia, considerando a altura do vasilhame utilizado no caso, deve ter pelo menos 12 cm;

Etapas para o cultivo dos brotos de moyashi

I – Preparo dos grãos de Moyashi:

Com o volume de 50 ml de grãos, retire os grãos que apresentarem coloração fora do padrão, mal formados e quebrados.

Deixe os grãos de moyashi, em molho na água durante 36 horas, dentro da bacia, com o nível da água atingindo dois dedos acima dos grãos. Nesse período, a água deve ser substituída de 8 em 8 horas, aproximadamente, ou melhor, circule a água até que ela se apresente bem limpa, com auxílio da peneira para evitar que os grãos escoem juntamente com a água.


Figura 1 - Início do processo.

No final de 36 horas, pode-se reparar que a grande parte da casca dos grãos, a parcela verde da semente, estará solta, então retire as cascas com o auxílio da peneira e da bacia. Parte dos grãos não chega soltar as cascas, mas não tem problema. Pode ser visto que alguns grãos já apresentam o início da emissão de raiz.


Figura 2 - Grãos após 36 horas em água e peneiradas as cascas. 
Alguns grãos ainda permanecerão com a casca.


Manuseie os grãos com cuidado, evitando que mesmos não se separem ao meio, caso isso aconteça, a brotação ficará prejudicada;

Cultivation of Moyashi Bean Sprouts - Method I

The bean sprouts or moyashi is widely used in oriental recipies, while poached or sauteed, served with meats and other vegetables. An omelet with moyashi, at breakfast, is marvelous. It contains minerals, B-complex vitamins, C vitamin and fiber.

The consumption of soy, moyashi, azuki and even our traditional beans, all from the same family, is polemical subject when referring to their harm and benefits to human health. But it is generally not recomended eating raw moyashi.

The following text presents a roadmap of how producing moyashi bean sprouts at home (because it is a simple process), directed to those who wish to harvest enough for a family consumption. I learned this method of cultivation on a Japanese TV program at NHK and made some adjustments.

After reading this technique, what about reading its upgraded version: Growing Moyasi - Method-II (http://cultivozen.massahiro.com/2013/08/cultivo-do-moyashi-metodo-ii-growing.html?lang=en)?

Material Required

The following accessories are commonly found at one's kitchen. Also, it is recomended paying attention while acquiring the moyashi bean:

1. Bean for moyashi is (commonly) moss green grain, sold in packages of 1 to 5 kg (2 to 10 lbs), at special (japanese) stores. To produce 200 grams (0.44 lbs) of moyashi, use 40 g (1.41 oz);

2. 1000 ml (35 oz) plastic containers and transparent (cover not needed). The containers I used present a upper diameter of 15 cm (6 in), bottom diameter of 12 cm (4.7 in) and 9 cm (3.5 in) of height, all approximately.

3. Plastic sieve measuring at least 16 cm (6.3 in) in diameter, because this dimension facilitates handling during cultivation;

 4. Plastic bowl for covering the moyashi, in order to prevent the incidence of light over the grains. It must be larger than the pastic containers in order to involve it (at least 4.7 in). And it MUST be black.


Steps for Growing Moyashi

I – Seed Preparation:

Remove the beans that have non-standard coloration, ill-formed and broken.

Leave the moyashi beans in water for 36 hours inside the bowl, with the water level at two fingers above the beans. During this period, the water must be replaced from 8 to 8 hours.

Figure 1 - The beginning.

At the end of 36 hours, one can notice that the bark of the beans (the green portion of the seed) will be loose: remove the them using the sieve and bowl. Part of the grains does not drop the barks, but there is no problem all.


Figure 2 - Grains after 36 hours in water and sieved the shells.

Handle the beans carefully so that they do not split, if it does, the sprouting will be affected;