Multilang

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Cultivo da Vinagreira (Hibiscus sabdariffa)

                O consumo da vinagreira não é muito difundido no Brasil. A vinagreira tem sua importância regional, no Estado do Maranhão, onde as folhas da vinagreira são preparadas junto com arroz ou farinha de mandioca, camarão e outros temperos, resultando no prato típico denominado cuxá. No Maranhão, os ramos novos juntamente com as folhas são vendidos em maços, na seção de verduras, em supermercados ou nas feiras livres.


Figura 1 - Folhas da Vinagreira.

                O cálice da flor da vinagreira, de cor vermelha, é utilizado na fabricação de doces e geleias. O cálice é também utilizado para diversos fins medicinais.

Figura 2 - Vinagreira em produção.
Planta arbustiva, podendo atingir mais de 2 m de altura, emitindo diversos ramos laterais, quando cultivada em vasos.

                Uma característica do cálice da vinagreira é que tem um paladar azedo, por isso foi difundido entre os japoneses, no início da imigração ao Brasil, pois eles sentiam a falta do “umê” (Fruto preparado em conserva, muito popular no Japão, também com paladar azedo, muito utilizado na culinária japonesa, também considerado medicinal). O consumo da vinagreira, pelos imigrantes, como “ume” não parou por aí, logo começaram a utilizar seu cálice como corante natural, por exemplo adicionando ao “gari” (Conserva de gengibre ralado), para resultar a cor avermelhada nessa conserva.

Figura 3 - Cálice da vinagreira e o “umê”.
Conservas do cálice da vinagreira (esquerda) e de umê (direita), um fruto com certa semelhança física à azeitona.

                A vinagreira é da mesma família do quiabo, existindo muita semelhança tanto nas sementes e como nas flores dessas plantas. A vinagreira é uma planta anual, geralmente ocorrendo florações e frutificações nos períodos mais quentes do ano. Para o cultivo visando apenas para o consumo das folhas, não deve haver limitações sobre a época de plantio, aqui no Nordeste.

Figura 4 - Flor da vinagreira.

Figura 5 - Flor do quiabo.

 Vamos ao cultivo da vinagreira:

1.       Plantio:
O plantio visando a colheita de frutos se inicia a partir do final do inverno até início do outono, período de agosto a março.
São plantadas de 2 a 3 sementes em cada copo plástico de 200 ml:

Figura 6 - Mudas da vinagreira.
Nesse exemplo, depois de 5 dias de plantio, algumas sementes já tinham germinado.
As mudas recém germinadas, podem ser confundidas com as do quiabeiro.
Deixe apenas a muda mais sadia em cada copo, eliminado as outras com auxílio de uma tesoura, de preferencia após o replantio em vaso definitivo.


2.       Desenvolvimento da Planta:

Figura 7 - Replantio.
Muda com 46 dias depois de plantada a semente, foi replantada no vaso definitivo, de 20 litros.

Figura 8 - Desenvolvimento da planta.
Planta depois de 18 dias de replantio no vaso definitivo.
No vaso de 20 litros, a planta da vinagreira pode atingir 2 metros de altura.


3.       Floração, Frutificação e Colheita:
Aproximadamente depois de 3 meses do replantio no vaso, se inicia a floração e a frutificação, no tronco principal e nos ramos laterais da planta.
Após a abertura das flores, os frutos deverão ser colhidos depois de 20 dias, quando o cálice se apresentar encorpado.
Envolva o fruto com os dedos e faça um leve movimento lateral que o fruto se solta facilmente da planta. Com o passar do tempo, será necessário utilizar uma tesoura para colher o fruto, mesmo assim o cálice poder ser aproveitado para o consumo.
Tomar cuidado na colheita, pois algumas plantas podem desenvolver pequenos espinhos, na parte inferior do fruto.

Figura 9 - Floração.

Figura 10 - Frutos em ponto de colheita.

Figura 11 - Frutos colhidos.


4.       Preparo de vasos:
Pode ser cultivado em vasos a partir de 5 litros de volume, mas vaso com volumes em torno de 20 litros pode ser opção melhor para quem deseja uma boa colheita.
Coloque uma tela de nylon no fundo do vaso e cubra com 2 a 3 cm de areia, dando uma leve socada. Acrescente terra comprada em lojas de agricultura ou floricultura, até atingir ¾ da altura do vaso, novamente dê uma leve socada e o vaso está pronto para receber a muda.
Se for preparar a terra em casa, adicione adubo orgânico, em proporção no mínimo de 70% de terra e 30 % de adubo orgânico em volume, mais NPK e calcário, esses dois últimos produtos seguir as recomendações do fabricante.
Se for reaproveitar terra utilizada em outra cultura anterior, pode ser seguido o item anterior, mas depois de feita a mistura, regue com água e deixe a terra descansar, pelo menos por um mês.


5.       Adubação complementar:
Recomenda-se colocar terra até, no máximo, ¾ da altura do vaso, pois fica espaço para a adubação complementar.
Mensalmente, acrescente no vaso mistura de terra mais adubação orgânica (50%), 200 ml a cada 5 litros do volume de vaso, a partir da planta atingir em torno de 1 m de altura.


6.       Insetos e pragas:
Poucas pragas atacam a vinagreira, mais comum é o ataque de cigarrinhas que podem ser eliminadas manualmente. Como no quiabeiro, elas colocam os ovos nas folhas mudas em desenvolvimento, que devem ser macerados.


7.               Dicas:

Preparo do cálice para conservas:
Figura 12 - Corte do fruto.
Feito corte no fruto, aproveita-se o cálice, no lado esquerdo da ilustração.

O cálice é lavado rapidamente com jato de água e enxugado em seguida. Não é recomendável deixar em molho na água, porque vai perder a coloração avermelhada.
Junte os cálices e coloque em um recipiente de vidro e adicione um pouco de sal por cima, em torno de 1 colher de chá para um vidro de 500 ml. Pelo menos, mensalmente, o recipiente deve ser chacoalhado, para que a conserva fique umedecida – com a água que o fruto libera dentro do recipiente - de modo igual, evitando a oxidação da parte superior. A conserva pode durar 6 meses ou mais.
Colheitas posteriores podem ser adicionadas no mesmo recipiente, de preferencia na parte inferior do recipiente.
Essa conserva pode servir de corante natural dos alimentos, adicionada no sanduiche, misturada na salada de verduras, etc. Deve ser consumida enquanto estiver com a coloração avermelhada.

Outras variedades:
As vinagreiras podem servir de plantas decorativas, em jardins.
Já cultivamos outras variedades de vinagreiras que o cálice não presta para o consumo, por ser muito fibroso e espinhento.

Figura 13 - Planta cultivada em vaso.
Apresenta as folhas avermelhadas e podem ser cultivadas em jardim.

Figura 14 - Floração.

Figura 15 - Fruto impróprio para consumo.
Apresenta cálice espinhento e não suculento (fibroso).


domingo, 11 de janeiro de 2015

Cultivo do Salsão ou Aipo



            O salsão ou aipo pertence à mesma família da salsa, da cenoura, da batata salsa e do cominho. Considerada planta medicinal, rica em fibras, vitaminas e minerais, mas não muito popular na mesa do brasileiro, como as outras hortaliças.
            Se consome as folhas, os talos das folhas e as raízes do salsão. Muitas são as variedades dessa planta, portanto é normal que a parte recomendada para consumo, de determinada variedade, apresente melhor aspecto, quando comercializado.
Não acreditávamos que o salsão se adaptasse bem ao clima do nordeste, mas ficamos surpresos que essa planta se desenvolveu bem aqui. É claro que nossa experiência é de cultivo em vasos ou jardineiras, por isso a planta não se desenvolve tanto como a planta cultivado no chão.
Já cultivamos a variedade tronchuda e atualmente estamos cultivando o salsão de raiz, principalmente com o objetivo de consumir os talos das folhas. Existe uma infinidade de receitas na web, sobre o preparo dos talos de salsão em forma de salada.
Suas folhas são utilizadas para temperar sopas, aliás tem muita sopa vendida pronta, onde o odor e o sabor do salsão são marcantes. As folhas também são utilizadas para temperar molhos e fazer parte das saladas, principalmente as folhas novas.
Como se trata de uma cultura suscetível ao ataque de pragas, portanto com risco de consumir produto contaminado com defensivos agrícolas, nada mais saudável que consumir o salsão cultivado no seu quintal.

Vamos ao plantio do salsão:

1.      Plantio a partir de sementes:
O plantio das sementes pode ser iniciado plantando em copo plástico de 200 ml ou em vaso de muda, disponíveis em volumes aproximadamente de 0,5 a 1,5 litros.

Figura 1 – Distribuição das sementes.
Se utilizar copo plástico de 200 ml, fazer 4 furos no fundo e um rasgo lateral no fundo do copo de 1 cm, com auxílio de uma pinça com a ponta aquecida. Colocar 2 cm de areia de granulometria média e soque, e depois complete o copo com terra até atingir ¾ da altura do copo, socando até o nivelamento da terra. Concluindo distribua em cima da terra as sementes de salsão, distanciados de 0,5 a 1,0 cm, depois cubra as sementes com mais 0,5 cm de terra.
Molhe o copo com cuidado e coloque-o em local sombreado, mas com luminosidade, assim que começar a germinação das sementes, o copo pode ser colocado em local a meia sombra.
Para o plantio em vasos de muda, o procedimento é o mesmo, não esquecendo de colocar uma tela de nylon no fundo do vaso, para que a areia e a terra não vaze pelos furos do vaso.

Figura 2 – Germinação das sementes.
Depois de 15 dias do plantio as sementes as mudas começam a se desenvolver.

Figura 3 – Mudas de salsão.
Mudas depois de 49 dias do plantio, encontram-se com 5 cm de altura e 2 folhas definitivas.

Figura 4 – Vista da muda.
Como foi demasiada a concentração de sementes no vaso de mudas, além do atraso no desenvolvimento, foi necessário fazer mais um plantio intermediário para um copo plástico de 200 ml.


Figura 5 – Muda plantada no copo.
Copo preparado conforme a descrição após a Figura 1, é aberto um buraco na terra suficiente para que as folhas e os cotilédones fiquem acima no nível da terra. Regue bem e deixe em local protegido, sem incidência direta do raio solar.
Quando a folha começar a desenvolver novas folhas, pode ser levado em local mais ensolarado.


Figura 6 – Replantio das mudas para local definitivo.

Pode ser feito o replantio do copo para o vaso definitivo, quando as mudas emitirem mais 4 folhas novas.

Figura 7 – Enraizamento da muda.
A vantagem das mudas nos copos é que podem permanecer vários meses nos copos, podendo ser feitos plantios em lotes defasados, garantindo continuidade na colheita. As mudas que permanecerem nos copos, eventualmente, podem substituir as plantas que não foram bem sucedidas no replantio para o local definitivo.


Figura 8 – Desenvolvimento da planta.
Depois de 20 dias de plantio na jardineira.

2.      Colheita:

Figura 9 – Desenvolvimento da planta.
Depois de 92 dias de plantio na jardineira.

Figura 10 – Colheita.
Na horta caseira, as folhas e talos são retirados na medida da quantidade a consumir no dia. É feito um leve corte com auxílio de um canivete, no lado externo da base do talo, que facilita a retirada do talo juntamente com as folhas.
O cuidado que se deve tomar é retirar no máximo até 50 % dos talos e folhas de cada planta. Então se tiver várias plantas, melhor, porque a colheita vai ser distribuída entre as plantas.


3.      Terra para vaso e rega:
Utilize terra comprada pronta em casa especializada de horticultura ou jardinagem. Em caso de reaproveitamento de terra utilizada em cultura anterior, acrescente adubação orgânica, misturando a cada 5 litros de terra, 2 litros de adubo orgânico curtido, 1 colher de chá de NPK e ½ colher de chá de calcário, mas para esses 2 últimos produtos melhor seguir as recomendações dos fabricantes. Ideal que a terra não seja muito pesada ou seja muito argilosa, acrescentar pouco de areia de granulometria média ou grossa, podendo ser uma parte de areia para três dessa terra pesada.
Com a adubação orgânica, a terra perde menos umidade no início do replantio. Com o crescimento da planta e o consumo da matéria orgânica, a rega deve ser mais frequente.


4.      Pragas:
É comum aparecer sugadores na fase inicial do plantio, justamente nas folhas, que devem ser eliminados porque vai prejudicar o desenvolvimento das plantas. Planta ainda com pequenas quantidades de folhas, esses insetos podem ser macerados manualmente ou com auxílio de um guardanapo de papel, com auxílio de um pincel de ponta chata, cerda de dureza média, mas nesse caso deve-se colocar um pedaço de jornal ou papel toalha umedecido no vaso, e depois descartar os papeis, para que os sugadores não permaneçam no vaso e retornem às plantas. Recomenda-se observar semanalmente a parte inferior das plantas novas.
Com a planta em desenvolvimento, se detectada a infestação de inseto, será necessário borrifar, por exemplo, uma calda de fumo, calda com pimenta do reino moída com alho macerado, etc.
Pode haver ataques de sugadores na base da planta, podendo ser combatido com a calda de fumo ou mesmo retirados com auxílio de uma pinça e macerados. Se a infestação atinge as raízes, existe grande chance de perder a planta, por isso mantenha algumas mudas de reserva, para novo plantio.
Eventualmente, quando o salsão estiver desenvolvido, pode sofrer ataques de lagartos na parte onde estão nascendo as folhas novas, então borrife uma solução de Bacillus thuringiensis, controle biológico que não faz mal à saúde humana, vendido no comercio na forma de pó. Outra forma prevenir ataques de lagartos é colocar uma proteção de tela de nylon, cobrindo a planta.
Na Figura 7, principalmente nas folhas amareladas podem ser vistos sugadores, então essas folhas devem ser retiradas e descartadas, cortando-se o talo na base, com auxílio de uma tesoura pequena.


5.      Cobertura morta e adubação complementar:
Após 3 meses de plantio definitivo no vaso ou jardineira, a planta já deve estar com 20 a 30 cm de altura. Caso sua planta não esteja apresentando bom desenvolvimento, acrescente em torno de 100 a 200 ml de terra mais estrume curtido (50% cada) em volta dela, por cobertura, misturado com mais 1 colher chá de NPK e ½ colher de pó de calcário, mensalmente.
            A cobertura morta, tipo folhas de bambu ou de citronela picada, ajudam a proteger as raízes superficiais.


6.      Obtenção das mudas através de brotações laterais:
A depender da variedade do salsão e condições ambientais, o salsão pode emitir brotações laterais que podem ser aproveitados para muda.

Figura 11 – Detalhe da planta (Variedade tronchuda). 

Figura 12 – Planta após a colheita dos talos com folhas e brotações laterais.

Figura 13 – Colheita e retirada das brotações laterais.
As brotações laterais podem ser consumidas ou aproveitadas para fazer novas mudas.
Se a brotação for deixada na planta, ela vai ter o seu desenvolvimento prejudicado.

Figura 14 – Preparo das brotações para muda.
Mesmas brotações da figura anterior, onde foram eliminadas os talos e folhas inferiores.
Observe que as brotações podem apresentar raízes.

Figura 15 – Plantio das mudas.
As brotações da figura anterior plantadas em copos plásticos de 200 ml, sendo o preparo dos copos os mesmos recomendados no texto após a Figura 1.
Regue e deixe em local sombreado, mas com luminosidade. A partir do momento que ocorra o aparecimento de novas folhas, sinal que a muda vingou, as mudas devem ser levadas para local mais ensolarado.

Figura 16 – Plantas obtidas por mudas de brotação.
As mesmas mudas obtidas na Figura 13, depois de 63 dias do replantio na jardineira ou 84 dias do plantio da brotação no copo (Figura 15).
Observar que nesse caso o ganho de tempo para colheita, se comparado com o plantio através da semente é enorme.


1.      Dicas:

Para quem não dispõe de muito espaço, o salsão pode ser cultivado em vasos pequenos.

Figura 17 – Plantio do salsão em copos plásticos de 500 ml.
Plantas em copos plásticos de 500 ml, atingindo 28 cm de altura.
Salsões cultivados em jardineira, replantados na mesma época estavam com 40 cm de altura.
O preparo do copo para o replantio da muda é o mesmo dos procedimentos citados anteriormente, mas deixar a altura inicial da terra no máximo 2/3 da altura do copo (vaso), para que o copo possa receber adubação complementar.

As mudas em copos de 500 ml, apesar das limitações para o desenvolvimento das plantas, têm a vantagem da enorme em termos de mobilidade e proteção contra as pragas, porque são facilmente manipuláveis e as pragas podem ser controladas com mais facilidade.
Pode ser utilizado o copo de macarrão pronto, chamado “noodle”, com volumes idênticos e mais resistentes que os copos de plástico de 500 ml.

Figura 18 – Cultivo em jardineira de 5 litros.
Depois de 121 dias do replantio na jardineira, duas mudas obtidas de brotações.

Figura 19 – Cultivo em vaso de 5 litros.
Depois de 97 dias do replantio no vaso, 1 muda obtida de brotações.

Nas plantas das jardineira e vaso, Figura 18 e 19, algumas folhas já haviam sido colhidas para consumo.
Como as plantas nesses vasos chegam a produzir por 6 meses, no início da cultura podemos plantar algumas sementes de coentro ou rúcula, em consórcio, nas extremidades dos vasilhames.

Exemplo do salsão de raiz:

Figura 20 – Salsão de raiz.
Depois de 112 dias do replantio da muda para a jardineira, com 5 colheitas realizadas.

Salada com talos de Salsão:
No preparo do talo do salsão, para salada, principalmente com as variedades que produzem talos maiores, olhando com atenção a parte externa do talo – parte convexa –, vista em seção, é toda ondulada, sendo que o topo das ondulações é formado por filamentos ou uma fibra mais rija. Então antes de cortar o salsão em pedaços, há quem prefira retirar essas fibras, com auxílio de uma faca puxando essas fibras no sentido base para topo e vice-versa, do talo.
O modo mais simples de preparar uma salada de talos é cortando em pedaços de 2 cm de comprimento, temperados com sal ou shoyu, suco de limão ou vinagre e azeite de oliva. Se preferir acrescente o tomate cereja cortado ao meio e rúcula picada.
Esse prato apenas com salsão ou misturado com outras hortaliças combina muito bem com o nosso churrasco ou outro prato preparado com uma carne assada ou frita. A parte mais nova da planta, a central com talos e folhas mais claras, também pode ser adicionada na salada, sem necessidade de retirar as fibras externas, que ainda estão macias.

Branqueamento do Salsão:
Não é raro encontrar a venda nos mercados o salsão branqueado, dando para notar que as folhas perdem a coloração verde. Plantadas em covas profundas, antes da colheita são amarradas as folhas, envoltas ou não com saco plástico e cobertas de terra.