A
manjerona (Origanum
majorana) é uma erva condimentar pertencente à família das Lamiaceae, mesma do alecrim, da salvia, do
tomilho e outras ervas condimentares, as duas primeiras se desenvolvem formando
um tronco principal. A manjerona, como o tomilho tendem a desenvolver muitos
ramos, então requerem maior atenção no cultivo.
Mesmo vaso da Figura
9, depois de 102 dias.
Acreditamos que a manjerona,
entre as ervas que já cultivamos, é a que exala um aroma mais agradável.
Apresentaremos o cultivo da
manjerona iniciada pelas sementes e a multiplicação através de planta que
cultivamos em casa. Com relação ao cultivo iniciado com mudas adquiridas
prontas, deve ser semelhante ao apresentado no Cultivo do Tomilho.
Vamos ao cultivo da
manjerona em vasos:
1. Cultivo iniciado através plantio de sementes:
Apresentamos o plantio das
sementes em vaso de muda, volume em torno de 0,5 litro, colocando um pedaço de
tela de nylon ou sombrite no fundo, 2 cm de areia de granulometria média ou
grossa, dê uma leve socada na areia e acrescente terra até atingir entre 2/3 a ¾ da altura do vaso e nivele e
soque a terra. As sementes devem ser distribuídas distanciadas 0,5 a 1,0 cm
entre elas. Acrescente com cuidado mais 0,5 cm de terra em cima das sementes,
regue e coloque em local sombreado, mas com luminosidade.
O plantio pode ser iniciado em
copo plástico de 200 ml, efetuando 4 furos no fundo e um rasgo lateral de 1 cm
no fundo, com auxílio de uma pinça metálica aquecida, nesse caso não é
necessário colocar a tela de nylon, apenas a areia no fundo e terra.
Outra opção é plantar as sementes
em vaso maior, de preferência de profundidade menor e área maior, ou numa
jardineira, sem necessidade de efetuar replantio, no caso das plantas
apresentadas nas Figura 1, 9 e 10.
Passado
uma semana do plantio das sementes, as pequenas mudas começarão a aparecer.
No
exemplo foi colocada uma folha de papel toalha sobre a terra que cobriu as
sementes. Outra opção é colocar uma camada de areia fina, sobre as sementes.
Passado
um mês, as mudas terão aproximadamente 5 cm de altura e poderão ser colocados
em local mais ensolarado.
Foi
colocada uma camada de perlita para evitar proliferação de algas.
Para
retirar a muda com um torrão, com auxílio de uma faca pequena, espeta-se a faca
na terra para retirar um torrão de forma piramidal. Nesse procedimento, a terra
não deve estar muito úmida ou seja logo depois da rega.
Mantenha
a muda e o torrão, sobre a faca, conforme foi retirado do vaso.
O
novo vasilhame está com a terra preparada para receber a muda e o torrão
original.
Nivele
a terra e soque com a extremidade do cabo da faca e adicione uma camada de
pedriscos.
Regue
com cuidado e coloque em local protegido do sol direto, mas com iluminação.
A
muda pode ser colocada em local mais ensolarado, quando iniciar a emissão de
novas folhas.
Se iniciar o plantio em copo, as
mudas serão levadas ao vaso ou jardineira definitiva, sem passar pela etapa
acima.
A
mesma muda da Figura 7, depois de 68 dias do replantio.
Ramo
principal com 20 cm de comprimento. Foi replantado com 5 cm, então com 10 cm de
comprimento, a muda poderia ser transferida para um vaso em definitivo.
O plantio poderá ser feito em
vaso definitivo, por exemplo, como no exemplo a seguir:
As
sementes são distribuídas conforme a Figura 1.
Nesse plantio, não registramos maiores
detalhes, porque não se previa fazer publicação em blog, mas as mudas devem
estar com mais 30 dias a partir do plantio das sementes.
Nessa fase, o vaso pode ser
coberto com uma camada de pedriscos, para proteção das raízes e também evita a
proliferação de ervas daninhas e algas.
Os pedriscos são colocados
gradativamente na borda do vaso e levados ao centro com auxílio de um palito de
churrasco ou “hashi”.
2. Desenvolvimento da planta e colheita:
As
mudas depois de 39 dias, da Figura 9.
Nessa
fase já podem ser coletados alguns ramos para consumo, retirando os ramos na
base, em pontos alternados no vaso.
3. Floração:
Pode ser efeito
climático, mas a manjerona e a lavanda começam emitir flores antes das outras plantas
da mesma família.
As
mudas depois de 108 dias, da Figura 9.
Planta
pode ser utilizado até para decoração de ambientes.
4. Renovação da cultura:
No
caso, as mudas da Figura 9, depois de 218 dias.
Praticamente
sem colheita ou podas, a planta apresenta muitos ramos debilitados.
4.1
Muda
obtida por ramos enraizados
Retire
uma parte do estolho com ramos novos juntamente com torrão de terra, utilizando
uma faca, e transporte para um vaso novo, seguindo os mesmos procedimentos
apresentados a partir da Figura 5.
4.2
Muda
de estacas
Retire
ramos planta com 5 cm ou mais, as folhas dos 3 primeiros nós devem ser
eliminadas.
Interessante
que o ramo novo seja retirado no ponto de junção com o ramo de origem, a chance
de vingar é maior.
No
vaso preparado para receber a muda, espete um palito na terra com uma
profundidade aproximada ao comprimento da parte dos ramos que tiveram suas
folhas retiradas.
Coloque
os ramos nos furos e comprima a terra em torno das mudas.
Regue
e coloque em local sombreado, mas com luminosidade.
Depois
da emissão de novas folhas, as mudas poderão ser levadas para local mais
ensolarado.
Como
nem todos ramos poderão vingar, plante mais de um ramo por vaso.
4.3 Mudas de mergulhia
Coloque
os vasos que receberão as mudas ao lado de uma planta que tenha ramos longos.
No exemplo o vaso à direita é a planta mãe.
Os
ramos deverão chegar ao centro dos vasos novos, com um excesso de pelo menos 3
nós (cada nó tem 2 folhas), então antes desses 3 nós, retire as folhas de 3 a 4
nós anteriores.
Essa
parte que foram retiradas as folhas deve ficar enterrada no vaso novo, na
profundidade de 1 cm, aproximadamente.
Para evitar que os ramos da
mergulhia se desprendam do vaso novo, a parte enterrada pode ser fixada com
hachis ou palitos de churrascos, cruzados rente à superfície, ou colocar por
cima um pedregulho com 3 a 4 cm de diâmetro.
A manjerona, como o tomilho, se
plantada em uma jardineira, os ramos que encostam no solo, naturalmente irão
formar mudas de mergulhia.
5. Terra, vasos, podas, colheita e adubação
complementar:
A terra pode ser preparada da mesma
maneira apresentada na postagem Cultivo do Alecrim.
Produz bem, mesmo em vasos ou
jardineiras pequenas, com capacidade de 2 a 5 litros.
Como todas ervas condimentares, na
colheita já se pratica a poda, basicamente deve se evitar a sobreposição entre
os ramos.
Mais fácil o trato do que o tomilho,
porque os ramos são mais eretos.
A adubação complementar pode ser
semelhante a recomendada na postagem Cultivo do Tomilho.
6. Dicas:
Comparando-se as ervas
condimentares que já cultivamos, como o alecrim, o manjericão, a salvia e o
tomilho, a manjerona é a planta que exigiu renovação com menor período de
tempo. Por exemplo, o alecrim, dura vários anos, em um mesmo vaso, mesmo com
pouca atenção, bastando não esquecer da rega de água e adubação complementar
quando a planta começa apresentar sinais de enfraquecimento, como parar de
emitir novos ramos e queda acentuada de folhas.
Sobre a muda pronta da manjerona,
adquirida no comércio, assim que for levada para casa não se deve colocar em
ambiente com sol muito forte. Por se tratar de uma planta mais delicada, se a
muda foi obtida em ambiente climatizado, como numa estufa, vai sentir a mudança
de ambiente.
Sementes da manjerona: Cor marron, formato cilindrico e comprimento em torno de 5 mm.
Sementes da manjerona: Cor marron, formato cilindrico e comprimento em torno de 5 mm.
Figura 17 - Sementes |